quarta-feira, 9 de maio de 2007

TARDE CALMA

Atarde é calma, calma,
muito calma...
Estou lembrando de um lugar
de paz.
Estou sentado na relva.
Contemplo um lago tranqüilo.
A superfície do lago
é um espêlho.
Reflete árvores, céus, nuvens,
pássaros...
Reflete palácios, dragões,
odaliscas dançantes
sobre tapetes mágicos flutuantes...
Cavalos marinhos azuis...
Taças, bengalas,
chícaras de porcelana de Sevres.
Reflete meus sonhos, anceios,
saudades,
infância, mocidades,
namoradas, amantes,
dias de sol,
tardes de sábados,
manhãs ensolaradas de domingos
em feiras de antiquários...
Rodas-gigantes, praças, sorvetes.
Jóias, pulseiras, brilhantes,
ondas na praia,
luas cheias,
castelos de areia,
sereias...
Crianças brincando,
o afogado voando,
guardas-sóis vermelhos,
verdes, azuis, listados, floridos...
Músicas ciganas,
reis tombados, caidos,
havaianas,
cartas de baralhos,
cartolas, ladrilhos, azulejos,
assoalhos,
um copo de limonada gelada,
madrugada,
árvores que passam,
dançam,
baião-de-dois com suco de açaí,
ônibus Central-Andaraí,
um beijo apaixonado no meio da noite,
um sonho, o vento, a chuva,
a viagem,
a despedida,
o despertar...

Um comentário:

Anônimo disse...

Abel,

Parabéns pelo seu blog,parabéns pela sua sensibilidade, parabéns pela sua sintonia para com as coisas boas e belas da Vida. E obrigada por compartilhá-las conosco.
Abraços,
Divani