segunda-feira, 7 de maio de 2007

NAS ASAS DO SOL

NAS ASAS DO SOL

Nas asas do sol
a tarde espreguiça
langüidamente.

Árvores conversam em silêncio
com velhinhos aposentados
e crianças ensaiam
seus amanhãs
felizes
(ou infelizes?)

De carro eu viajo
para o futuro...

Cada janela
é um calidoscópio
onde contemplo
a vida que passa...

A tarde é de âmbar
com pedrinhas
multicores.

Eu, dentro da tarde,
sou como um deus
em seu palácio de ouro.

A eternidade sussurra-me
palavras
de eterna mocidade...

A tarde é uma taça de luz
onde eu bebo
juventude!

Sp 2005